José Clésio Silva de Oliveira Filho já havia sido detido em março deste ano sob a suspeita de falsificar investigações para extorquir empresários. Investigações conduzidas durante uma operação da Polícia Civil de São Paulo revelaram que o delegado, que foi titular do 1º DP de Indaiatuba (SP), liderava um esquema criminoso de dentro da prisão.
O delegado está encarcerado desde março, suspeito de comandar um grupo que extorquia empresários da cidade para evitar investigações contra ele.
A operação Chicago, cuja segunda fase foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (25), teve o delegado como um dos alvos. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão.
De acordo com as investigações, os suspeitos estavam ameaçando vítimas e obstruindo a Justiça para beneficiar integrantes de uma organização criminosa que são réus e estão detidos. Os indiciados seriam liderados por José Clésio.
Mesmo preso, o delegado continuava a comandar ações dentro do presídio, segundo a polícia. Por meio de um comparsa, ele teria contatado um empresário com o intuito de coagi-lo a mentir em juízo e, assim, isentar os membros da organização das acusações.
José Clésio teria solicitado a um amigo, proprietário de uma loja de carros em Indaiatuba, que levasse um celular até a vítima para facilitar a extorsão e evitar o processo. Além disso, durante a execução dos mandados, o comparsa do delegado foi preso em flagrante com uma arma de fogo, configurando um novo crime.
Os réus do caso, incluindo o delegado já encarcerado, agora serão investigados por obstrução à Justiça e coação no curso do processo. José Clésio Silva de Oliveira Filho já respondia por extorsão, lavagem de dinheiro e ameaça.
Na primeira fase da operação, realizada em março, o delegado e outras 12 pessoas foram detidos por suspeita de forjar investigações para extorquir empresários em São Paulo.
Com esta nova fase, os crimes de obstrução à Justiça e coação no curso do processo se somam à longa lista de acusações contra o delegado e seus comparsas.
