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Produção industrial no Brasil avança mais do que o previsto em setembro

Publicada em: 01/11/2024 16:25 - Notícias

O aumento da produção industrial acelerou em setembro, registrando 1,1% em comparação com o mês anterior, que teve um crescimento de 0,2%.

 

Os produtos derivados de petróleo e os alimentícios impulsionaram a indústria brasileira em setembro, resultando em um aumento pela segunda vez consecutiva, encerrando o terceiro trimestre com um desempenho acima do esperado.

 

A produção industrial cresceu 1,1% em setembro em relação ao mês anterior, que teve uma alta de 0,2%, e aumentou 3,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (1ºpelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Os resultados superaram as expectativas em uma pesquisa da Reuters, que previa um crescimento mensal de 0,9% e um avanço de 2,8% na comparação anual.

 

Para Igor Cadilhac, economista do PicPay, o resultado na base anual demonstra “um crescimento robusto e consistente da atividade industrial, que está vivendo um dos melhores momentos dos últimos anos”.

 

No terceiro trimestre, a indústria apresentou um aumento de 1,6% na produção em relação aos três meses anteriores, acelerando em relação à alta de 0,8% do período de abril a junho. Este foi o quarto trimestre consecutivo de crescimento.

 

Um mercado de trabalho aquecido e o aumento da renda têm beneficiado a indústria brasileira, que, por outro lado, enfrenta a alta da taxa básica de juros e a expectativa de um ritmo menos intenso da economia no segundo semestre.

 

“A melhora da indústria está relacionada ao avanço no mercado de trabalho, mais empregos e renda, menor inadimplência, mais crédito e um ambiente econômico mais favorável”, afirmou André Macedo, gerente da pesquisa.

 

“A análise da produção no ano é sustentada por uma predominância de taxas positivas, com destaque para a indústria automobilística e sua cadeia, como peças, autopeças, caminhões e afins. As vendas também cresceram com crédito mais acessível. Esse é o motor que mais influencia a indústria até agora, seguido pelo setor extrativo, combustíveis e alimentos”, completou.

 

O IBGE informou que, em setembro, as atividades que tiveram as principais influências positivas foram a produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+4,3%e de produtos alimentícios (+2,3%).

 

Ambas as categorias voltaram a crescer após quedas nos meses de agosto e julho, quando acumularam perdas de 3,5% e 4,2%, respectivamente.

 

Além disso, destacaram-se os desempenhos de veículos automotores, reboques e carrocerias (+2,5%), produtos do fumo (+36,5%), metalurgia (+2,4%e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+3,3%).

 

Entre as categorias econômicas, a fabricação de bens de capital aumentou 4,2% em setembro em relação a agosto. Os segmentos de bens intermediários e de bens de consumo semi e não duráveis também registraram crescimento na produção, com aumentos de 1,2% e 0,6%, respectivamente. Apenas o setor de bens de consumo duráveis apresentou uma queda de 2,7%.

 

“O destaque negativo em setembro foi a diminuição na produção de bens de consumo duráveis, o que já pode indicar uma desaceleração da oferta de crédito relacionada ao setor”, destacou a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória.

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