José Eduardo de Oliveira e Silva seria membro do “núcleo jurídico” da tentativa de golpe de Estado em 2023

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco (SP), será ouvido pela Polícia Federal (PFnesta quinta-feira (7), no âmbito da investigação sobre os acontecimentos de 8 de janeiro. Outro investigado, um técnico de informática, também será interrogado.

José Eduardo foi alvo de um mandado de busca e apreensão no início deste ano. De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ele teria integrado o “núcleo jurídico” da tentativa de golpe de Estado.

Esse grupo teria sido responsável por assessorar e elaborar teses jurídicas que poderiam fundamentar a manutenção de Jair Bolsonaro (PLno poder, após sua derrota nas eleições de 2022.

Em fevereiro, o padre já havia sido convocado a depor. Embora tenha comparecido, ele se manteve em silêncio, alegando "não ter tido acesso completo aos autos do inquérito".

No depoimento desta quinta-feira, que ocorrerá na sede da PF em São Paulo, José Eduardo tem o direito de permanecer calado novamente.

Em comunicado divulgado nas redes sociais, a defesa do padre solicitou orações e refutou a acusação de que o religioso teria tomado qualquer atitude que “visasse o rompimento do Estado de Direito”.

“O padre não possui conhecimento jurídico que o capacite a entender, e muito menos organizar, uma ‘minuta de golpe’”, afirmou a nota.