O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PTalcançou a sua pior avaliação desde o início do seu primeiro mandato, em 2003, com uma queda de dois pontos percentuais na aprovação. A pesquisa CNT de Opinião, divulgada nesta terça-feira (12), mostrou que o presidente agora conta com 35,5% de aprovação, considerando as avaliações "ótima" (12,2%e "boa" (23,3%). Este é o pior desempenho do governo Lula desde o início de sua gestão, que, em 2003, teve 41% de aprovação positiva.

O levantamento, realizado entre os dias 7 e 10 de novembro de 2024, entrevistou 2.002 pessoas em todo o Brasil, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, e um índice de confiança de 95%, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A pesquisa apontou que o presidente sofreu uma queda significativa em comparação com a pesquisa anterior, de maio de 2024, quando sua aprovação era de 37,4%.

A diminuição de 1,9 ponto percentual no índice de aprovação pode ser atribuída a uma série de fatores, incluindo dificuldades econômicas e desafios internos enfrentados pelo governo, como o crescimento da inflação, o aumento do desemprego e a instabilidade política. Além disso, o governo Lula tem sido alvo de críticas pela condução de algumas políticas públicas e pela falta de avanços em áreas-chave como saúde, educação e segurança.

No entanto, o levantamento também destaca que uma parcela considerável da população ainda tem uma visão positiva do governo, com 12,2% dos entrevistados considerando a gestão "ótima" e 23,3% a considerando "boa". Esses números, embora menores em comparação a meses anteriores, indicam que uma parte dos brasileiros ainda vê o governo com otimismo.

O cenário atual revela um governo que enfrenta dificuldades em consolidar sua base de apoio, especialmente em um momento de crise econômica e crescente insatisfação popular. A queda na avaliação do presidente ocorre em um momento em que a oposição tem se fortalecido e aproveitado os insatisfeitos com a gestão atual. Além disso, a polarização política no país continua a ser um fator importante, com a aprovação do governo sendo menos expressiva em segmentos específicos da população, enquanto outras parcelas da sociedade, principalmente nas regiões mais afetadas pela crise econômica, manifestam frustração.

Para o governo Lula, os próximos meses serão cruciais, com o desafio de reverter a tendência de queda nas pesquisas e recuperar a confiança da população. Em contrapartida, os desafios externos, como a guerra fiscal entre estados e a pressão por reformas estruturais no país, continuam a ser fatores de tensão que devem influenciar o rumo da gestão.

Com a queda de quase 2 pontos percentuais na avaliação de Lula, o cenário político para 2025 começa a se desenhar mais incerto, e o governo precisará lidar com um cenário de elevada polarização e demandas por resultados concretos na área econômica e social.