A Petrobras e os sindicatos dos petroleiros estão em um impasse devido à decisão da empresa de aumentar a carga de trabalho presencial de dois para três dias por semana a partir de abril de 2025. A medida, anunciada em 9 de janeiro, afetará funcionários concursados e cargos de confiança, mantendo exceções para colaboradores com deficiência ou responsáveis por pessoas com deficiência.
Em resposta, os sindicatos realizaram assembleias e manifestações, resultando na aprovação de um estado de greve, que permite a deflagração de uma greve a qualquer momento sem necessidade de novas assembleias. Protestos ocorreram em diversas bases da Petrobras, incluindo o Edifício Senado (Edisenno Rio de Janeiro, onde centenas de trabalhadores se reuniram para exigir negociações sobre o teletrabalho.
Os sindicatos argumentam que o teletrabalho proporcionou maior qualidade de vida e produtividade, além de reduzir riscos de acidentes durante deslocamentos. Eles defendem que qualquer alteração no regime de trabalho deve ser negociada coletivamente e incluída no Acordo Coletivo de Trabalho, garantindo que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados.
Após pressões e mobilizações, a Petrobras convocou as federações sindicais para uma reunião sobre o teletrabalho, agendada para terça-feira, 11 de março de 2025, no Edisen. Os sindicatos esperam que este encontro resulte em avanços nas negociações e na construção de um acordo que atenda aos interesses dos trabalhadores e da empresa.
A situação permanece tensa, com os trabalhadores em estado de greve e atentos aos desdobramentos das negociações. A expectativa é que a Petrobras apresente propostas que conciliem as necessidades operacionais da empresa com a manutenção dos benefícios e da qualidade de vida proporcionados pelo teletrabalho.