Em fevereiro de 2025, a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 1,31%, a maior para o mês desde 2003, quando atingiu 1,57%. Esse aumento foi significativamente influenciado pela alta de 16,8% nas tarifas de energia elétrica residencial, que contribuiu com 0,56 ponto percentual para o índice geral.
Principais fatores que contribuíram para a inflação em fevereiro:
-
Energia elétrica: Após uma queda de 14,21% em janeiro devido ao Bônus Itaipu, que proporcionou descontos temporários nas contas de luz, as tarifas de energia elétrica residencial aumentaram 16,8% em fevereiro, impactando diretamente o IPCA.
-
Educação: O reajuste das mensalidades escolares, típico deste período, também pressionou a inflação. O grupo educação registrou alta de 4,7%, com aumentos significativos no ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%e pré-escola (7,02%).
-
Alimentação e bebidas: Este grupo apresentou alta de 0,70%, influenciado principalmente pelos aumentos nos preços do ovo de galinha (15,39%e do café moído (10,77%).
-
Transportes: O setor de transportes teve alta de 0,61%, com destaque para o aumento de 2,89% nos combustíveis. A gasolina subiu 2,78%, representando a segunda maior pressão individual no IPCA, com impacto de 0,14 ponto percentual.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA atingiu 5,06%, superando o teto da meta de inflação estabelecida pelo governo, que é de 4,5%. Este é o segundo mês consecutivo em que a inflação anualizada ultrapassa o limite superior da meta, refletindo as pressões inflacionárias atuais.
A alta expressiva na conta de luz e os reajustes sazonais em setores como educação e combustíveis foram os principais responsáveis por essa aceleração inflacionária em fevereiro. Esses fatores ressaltam a necessidade de monitoramento contínuo das políticas econômicas para mitigar os impactos sobre o poder de compra da população.