O governo brasileiro está monitorando atentamente as recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a implementação de tarifas recíprocas a partir de 2 de abril de 2025. Diante desse cenário, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil aguardará até essa data para definir quais medidas adotará em resposta às tarifas impostas pelos EUA.  

As tarifas anunciadas por Trump incluem uma taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, setores nos quais o Brasil possui significativa participação no mercado norte-americano. Em 2024, por exemplo, o Brasil exportou aproximadamente 4 milhões de toneladas desses materiais para os EUA, representando 15,5% das importações americanas nesses segmentos.  

Alckmin destacou a longa história de parceria entre Brasil e Estados Unidos, ressaltando que mais de 3.600 empresas americanas operam em solo brasileiro, gerando empregos e fomentando a economia. Ele argumentou que, em vez de medidas protecionistas, os países deveriam buscar ampliar a complementaridade econômica.  

O governo brasileiro já iniciou diálogos com autoridades norte-americanas na tentativa de reverter ou atenuar as tarifas impostas. Alckmin mencionou que o Brasil deveria estar isento de tais tributações, especialmente considerando que os EUA mantêm um superávit comercial com o Brasil.   

Enquanto aguarda o desenrolar das ações norte-americanas, o Brasil mantém sua postura diplomática, buscando soluções que preservem os interesses econômicos nacionais sem comprometer as relações bilaterais históricas entre os dois países.