O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTIdo Hospital DF Star, em Brasília, após uma complexa cirurgia de 12 horas realizada no último domingo (13 de abril de 2025). O procedimento foi necessário para tratar uma obstrução intestinal decorrente de complicações relacionadas à facada que sofreu em 2018.
Segundo o médico-chefe da equipe cirúrgica, Claudio Birolini, embora a operação tenha sido bem-sucedida, o problema de saúde de Bolsonaro “não está 100% resolvido”. Birolini explicou que, no pós-operatório imediato, é comum a formação de aderências — tecidos cicatriciais que podem unir diferentes órgãos da cavidade abdominal — o que pode tornar a recuperação mais lenta. Ele destacou que a parede abdominal do ex-presidente está bastante danificada, o que contribui para a complexidade do caso.
O cardiologista Leandro Echenique, também integrante da equipe médica, afirmou que esta foi a cirurgia mais complexa enfrentada por Bolsonaro desde o atentado de 2018. Ele ressaltou que o pós-operatório será “muito delicado e prolongado”, sem previsão de alta hospitalar no momento.
Bolsonaro foi hospitalizado na sexta-feira (11 de abrilapós sentir fortes dores abdominais durante um evento político no Rio Grande do Norte. Após passagens por hospitais em Santa Cruz e Natal, foi transferido para Brasília a pedido da família. Esta foi a sexta cirurgia relacionada às complicações da facada sofrida durante a campanha presidencial de 2018.
Em uma publicação nas redes sociais, Bolsonaro agradeceu o apoio recebido e afirmou: “Ainda não há previsão de alta, mas seguimos firmes. Um grande abraço a todos e repito: voltaremos!”.
A equipe médica continuará monitorando o quadro clínico do ex-presidente, com atenção especial para possíveis complicações decorrentes das aderências abdominais.