Nos últimos sete dias, a Bahia mergulhou ainda mais em um cenário de guerra urbana. Prisões em massa, apreensões de drogas pesadas, ações armadas em rodovias federais, bairros sitiados por facções e escolas fechadas por tiroteios. Apesar do esforço das polícias, os números e os fatos gritam uma realidade inegável: o estado está fora de controle — e o responsável máximo por essa tragédia é o governador Jerônimo Rodrigues (PT).
A Operação Pertinaz, deflagrada no dia 17 de junho de 2025, expôs a profundidade do buraco em que a segurança pública da Bahia foi lançada. Doze criminosos ligados ao tráfico e a homicídios foram presos em bairros inteiros que hoje são verdadeiros territórios de facções, em Salvador e Região Metropolitana. Em paralelo, a Polícia Rodoviária Federal interceptou caminhões com mais de 190 kg de drogas circulando pelas BR-116 e BR-242, revelando o liberalismo criminoso que reina nas estradas e fronteiras estaduais.
Esses dados não são pontuais. Eles compõem um padrão trágico que se repete há anos — mas que se agravou de forma alarmante na gestão de Jerônimo Rodrigues. O governador, que deveria liderar com pulso firme contra o crime, age como um espectador impotente. Não há planejamento estratégico, não há investimento real em inteligência, não há presença efetiva do Estado nos bairros dominados. Há, sim, desculpas e omissão.
A facção Bonde do Maluco (BDM), hoje uma das mais poderosas do estado, nasceu e cresceu na Bahia. Estima-se que tenha muito grande de membros ativos, ocupando áreas urbanas e rurais. A expansão dessas organizações — com seus códigos próprios, execuções públicas, controle do comércio e das rotas de drogas — acontece sob o nariz de um governo que finge não ver ou que já não tem força para reagir.
É inaceitável que, mesmo após tantos alertas, chacinas, massacres e estatísticas de sangue, o governador continue tratando a crise da segurança pública com sorrisos ensaiados e discursos vazios. A população da Bahia está encurralada, refém do medo e do abandono. Crianças baleadas, trabalhadores assassinados, cidades sitiadas.
Jerônimo Rodrigues não pode mais fugir das câmeras e dos jornalistas quando é cobrado. A Bahia quer respostas. Quer ação. Quer segurança. Governar é assumir responsabilidades — e se ele não é capaz de proteger seu povo, talvez devesse ter a decência de reconhecer o fracasso da sua gestão e abrir espaço para quem realmente deseje enfrentar o crime com coragem e competência.
A Bahia está sangrando. E o governador permanece calado.