O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PTtenta melhorar sua popularidade e adentrar em setores do eleitorado onde enfrenta resistências. Exemplo: evangélicos e agronegócio.
O que o presidente não contava, provavelmente, era com o aumento da pressão vinda de grupos tidos como “petistas raiz”.
O sentimento em movimentos sociais e entidades de classe, no entanto, é de que o Palácio do Planalto virou o olho para a “grama do vizinho” e esqueceu do próprio jardim.
Nos últimos dias, vieram, em alto e bom som, cobranças sobre a decisão do governo de não fazer referência ao marco de 60 anos do regime militar, além de diversas cobranças e ameaças de greve por parte dos servidores públicos federais.
Nesta última semana, o Palácio do Planalto também tentou acalmar os ânimos dos servidores públicos federais e não conseguiu. Em reunião extraordinária da mesa de negociação salarial – que representa cerca de 40 entidades do funcionalismo federal – até mesmo uma espécie de “ameaça” aconteceu.
Depois da bronca, o Planalto teve que voltar atrás e ainda prometer, por meio da ministra de Gestão, Esther Dweck, que irá conceder 19% de reajuste aos servidores ao longo dos quatro anos de mandato de Lula.