Mercados reagem a dados econômicos mais robustos e declarações de Campos Neto sobre juros
Nesta sexta-feira (16), o Ibovespa recuou das máximas históricas e o dólar perdeu valor frente ao real, enquanto os mercados avaliavam a alta superior ao esperado do IBC-Br — conhecido como a "prévia do PIB" — e realizavam ajustes após uma série de ganhos desde a semana passada.
Os dados econômicos fortes, juntamente com declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a possível elevação da Selic, impactaram as curvas de juros mais longas no Brasil, enfraquecendo o ímpeto da bolsa.
Internacionalmente, os mercados continuaram a analisar as expectativas de redução dos juros nos Estados Unidos a partir de setembro, após a divulgação de uma série de dados recentes que aliviaram preocupações sobre uma possível recessão na maior economia do mundo.
Esse contexto fez com que Wall Street registrasse a melhor semana do ano, com ganhos sólidos também nas principais bolsas da Europa.
O Ibovespa encerrou o dia com uma queda de 0,15%, próximo das mínimas do dia, aos 133.953 pontos. Esse movimento interrompeu uma sequência de oito altas consecutivas, que havia acumulado uma valorização de 7,1% e levado o índice a atingir a máxima histórica de 134.193 pontos em 27 de dezembro do ano passado.
Apesar da queda diária, o Ibovespa registrou um aumento de 2,5% na semana, marcando sua terceira alta semanal. Na prévia de agosto, o índice apresenta um avanço de cerca de 5%.
O ambiente global contribuiu para uma nova queda do dólar em relação ao real, que terminou a sessão com um recuo de 0,31%, cotado a R$ 5,467 na venda, refletindo também a perda da moeda americana em relação a uma cesta de moedas fortes.
Na semana, o dólar acumulou uma queda de 0,87%.