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Exército investiga 3 militares por carta que solicitou apoio a um golpe

Publicada em: 01/11/2024 16:14 - Notícias

 

 

Outros 26 militares, incluindo 12 coronéis, 9 tenentes-coronéis, 1 major, 3 tenentes e 1 sargento, foram punidos por cometerem infrações relacionadas ao regulamento da instituição.

 

O Exército Brasileiro indiciou nesta semana três militares no inquérito que investiga a autoria de uma carta endereçada ao comandante da Força em 2022.

 

O documento foi considerado pelo comandante da Força Terrestre na época, general Marco Antônio Freire Gomes, como uma pressão para que ele se unisse a uma tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais em que Jair Bolsonaro (PLfoi derrotado. De acordo com a corporação, foram indiciados três militares: o coronel Anderson Lima de Moura, da ativa, e os coronéis Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo, ambos da reserva.

 

A autoria da carta também contou com a participação de um quarto militar, o coronel da ativa Alexandre Castilho Bitencourt da Silva. No entanto, a investigação sobre ele foi suspensa devido à concessão de uma liminar judicial.

 

O Inquérito Policial Militar instaurado ainda poderá ter desdobramentos. Caberá ao Ministério Público Militar analisar o conteúdo dos autos e decidir se apresentará ou não uma denúncia após a investigação.

 

Conteúdo golpista

Apurou-se com fontes do Exército que 37 militares da ativa participaram da ação, produzindo, assinando ou divulgando a carta, “sendo todos ouvidos em processos apuratórios conduzidos por seus comandantes imediatos”.

 

“Além disso, preocupa-nos a falta de imparcialidade na narrativa dos fatos e na divulgação de dados, por parte de diversos meios de comunicação”, dizia a carta.

 

Segundo a instituição, entre os identificados, 26 militares foram punidos, enquadrados no Regulamento Disciplinar do Exército (RDE), sendo 12 coronéis, 9 tenentes-coronéis, 1 major, 3 tenentes e 1 sargento. O resultado da sindicância foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmado pela CNN.

 

A sindicância também apurou indícios de crime na ação investigada e, em função disso, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, determinou a instauração de um Inquérito Policial Militar, onde estão citados os 4 militares.

 

 

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