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Hamas afirma que acordo em Gaza é possível, mas exige que Israel pare de impor novas condições

Publicada em: 17/12/2024 16:16 - Notícias

Fontes revelam que o entendimento pode ser assinado nos próximos dias, com cessar-fogo e troca de prisioneiros em pauta.

O Hamas declarou, nesta terça-feira (17), que um acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns na Faixa de Gaza podem ser alcançados, desde que Israel cesse a imposição de novas condições. A afirmação foi feita após negociações mediadas pelo Catar e o Egito, em curso em Doha.

O grupo radical afirmou: “O Movimento de Resistência Islâmica (Hamasconfirma que, com base nas negociações sérias e construtivas em andamento, há uma possibilidade real de se chegar a um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros, caso a ocupação [Israel] cesse suas imposições de novas condições.”

Fontes com conhecimento das discussões informaram à Reuters que o entendimento pode ser formalizado nos próximos dias. O acordo, caso seja firmado, poderia parar os combates e possibilitar a libertação de reféns, trocando-os por prisioneiros palestinos.

Entenda o conflito em Gaza
O conflito na Faixa de Gaza se intensificou em 2023, após o Hamas realizar um ataque a Israel que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, segundo dados israelenses. Em resposta, Israel tem conduzido uma série de ataques aéreos, além de incursões terrestres no território palestino, enquanto o Hamas mantém dezenas de reféns em cativeiro.

O Hamas, que não reconhece Israel como um estado legítimo e reivindica o território israelense para a Palestina, continua a liderar a resistência no território. Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem repetidamente prometido destruir as capacidades militares do Hamas e resgatar os reféns.

A ofensiva israelense resultou no deslocamento em massa de civis palestinos, enquanto organizações internacionais, como a ONU e ONGs de ajuda humanitária, alertam sobre a crise humanitária em Gaza, com escassez de alimentos, medicamentos e propagação de doenças.

Dentro de Israel, crescem as manifestações contra o governo de Netanyahu, com protestos de cidadãos que acusam o premiê de falhar na busca por um acordo de cessar-fogo que permita a libertação dos reféns.

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