São Paulo – A Polícia Civil executou dois mandados de busca e apreensão em propriedades de luxo de Rogério Faria da Silva, conhecido como Morcegão, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCCem Limeira, no interior paulista, nesta quinta-feira (15/1). Morcegão foi detido em dezembro ao desembarcar de um cruzeiro em Santos, no litoral do estado.
Durante a operação, foram confiscados um imóvel de alto padrão e um terreno no condomínio Riviera De Santa Cristina XIII, além de um sítio na área rural da cidade, uma lancha e duas motos aquáticas, conforme informado por Leonardo Bürger, chefe da Delegacia de Investigações Gerais (DIGde Limeira.
A ação, intitulada Operação Ostentação devido aos bens luxuosos apreendidos, foi realizada por equipes da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Disee do Grupo de Operações Especiais (GOE), da DIG.
"Essa ação complementa a investigação sobre lavagem de dinheiro, pois ele estava ocultando o patrimônio. E as pessoas que estiverem utilizando o nome em benefício dele também serão responsabilizadas por lavagem de dinheiro", ressaltou Bürger.
A Polícia Civil explicou que o objetivo é "sufocar financeiramente" a organização criminosa liderada por Morcegão. Após a prisão do chefe da facção, a autoridade policial determinou a apreensão dos bens.
Prisão no desembarque de cruzeiro
O líder da facção foi detido por policiais especializados enquanto desembarcava de um cruzeiro em Santos, no dia 26 de dezembro de 2024. Segundo Bürger, a prisão de mais de 20 pessoas envolvidas com o crime organizado em Limeira, no ano de 2023, possibilitou que a polícia reunisse provas da participação de Morcegão nos crimes, o que resultou na decretação de sua prisão.
Juntamente com ele, foram presos um gerente que auxiliava nas operações criminosas e um homem encarregado da distribuição de drogas.
A operação que levou à prisão de Morcegão, denominada Narcos, resultou na apreensão de malas cheias de dinheiro, veículos e 468 tijolos de cocaína (totalizando 500 kg da droga), entre outros objetos.
Além disso, carros de luxo também foram confiscados na ocasião, como uma Dodge RAM 2500, avaliada em mais de R$ 370 mil, uma Ford F-250, com valor aproximado de R$ 180 mil, e um Volkswagen T-Cross, que custa cerca de R$ 140 mil.