O ministro da Casa Civil, Rui Costa, garantiu nesta sexta-feira (24/1que o governo federal não adotará medidas de controle de preços, como o tabelamento ou fiscalização em supermercados, para combater a inflação dos alimentos. Em coletiva, o ministro afirmou que o Planalto aposta em ações estruturais e no impacto positivo de uma supersafra agrícola para reduzir os preços ao consumidor.
Cenário da inflação
- Inflação em 2024: A alta nos preços dos alimentos foi um dos principais fatores que levaram a inflação a 4,83%, acima da meta do governo.
- Impacto climático: A produção agrícola enfrentou dificuldades em 2024 devido a condições climáticas adversas, mas o governo espera que uma supersafra em 2025 traga alívio ao mercado.
Medidas planejadas
- Redução de alíquotas de importação: Para alimentos mais baratos no mercado internacional.
- Foco em produção nacional: Incentivo à agricultura familiar e ao agronegócio para aumentar a oferta interna.
- Reuniões interministeriais: Estão sendo realizadas para alinhar ações entre os ministérios da Fazenda, Agricultura, Desenvolvimento Agrário e outros.
Rejeição a medidas heterodoxas
Rui Costa descartou qualquer iniciativa semelhante ao Plano Cruzado (1986), quando "fiscais do Sarney" monitoravam preços no varejo. Segundo ele, não haverá tabelamento de preços ou criação de redes estatais de mercado. “Não terá fiscal do Lula nos supermercados e nas feiras. Isso não existe”, afirmou.
Impacto e reações
A declaração de Rui Costa ocorre após críticas do mercado e da oposição a declarações anteriores que sugeriam intervenções governamentais. Apesar disso, o governo reafirma o compromisso com medidas econômicas estruturais para conter a inflação sem recorrer a práticas intervencionistas que possam gerar instabilidade.
O controle da inflação dos alimentos é apontado como uma prioridade para a gestão de Lula em 2025, em um esforço para aliviar o custo de vida da população e recuperar a confiança do mercado.