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Contradições na delação de Mauro Cid sobre 8 de janeiro levantam questionamentos

Publicada em: 20/02/2025 16:01 - Notícias

Em sua delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília, foram uma surpresa para ele, mencionando que muitos militares estavam de férias na ocasião. No entanto, mensagens trocadas entre Cid e sua esposa no dia dos acontecimentos indicam que o casal discutiu a possibilidade de o Exército "sair dos quartéis" e aderir ao movimento em prol de um golpe de Estado.

Durante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), Cid confirmou o conteúdo de sua delação e negou ter sido induzido ou pressionado por autoridades a fazer tais declarações. Entretanto, áudios divulgados pela revista Veja revelam que Cid teria acusado a Polícia Federal (PFe o ministro Alexandre de Moraes de exercerem pressão psicológica para que ele corroborasse uma "narrativa pronta".

Após a audiência, que durou cerca de 1h30, foi cumprido um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes contra Cid, por suposto descumprimento de medidas cautelares e obstrução da Justiça. Cid foi então encaminhado ao Instituto Médico Legal (IMLpela PF.

A defesa de Cid questiona a autenticidade de algumas informações divulgadas e alega que há inverdades em sua delação. Além disso, solicitou ao STF a investigação de vazamentos relacionados ao conteúdo da colaboração premiada, que deveria estar sob sigilo.

A contradição entre as declarações de surpresa de Cid e as mensagens trocadas no dia 8 de janeiro levanta questionamentos sobre a veracidade e coerência de seu depoimento. A defesa argumenta que o tenente-coronel pode ter feito confissões sob pressão, resultando em inconsistências em seu relato.

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