Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVLe autor do laudo encomendado pelo Partido Liberal (PLsobre as urnas eletrônicas nas eleições de 2022, incluiu o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jorge Oliveira, como testemunha em sua defesa no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em manifestação protocolada no domingo, 9 de março de 2025, Rocha afirmou que seu relatório técnico não mencionou fraudes nas urnas eletrônicas, destacando que a identificação de possíveis desconformidades ou evidências de mau funcionamento não fazia parte do escopo do trabalho realizado pelo IVL.
A inclusão de Jorge Oliveira como testemunha ocorre após a revelação de que, em agosto de 2022, o ministro se reuniu com Carlos Rocha e outros integrantes do IVL para discutir questões relacionadas ao voto impresso e ao sistema eleitoral brasileiro. Esse encontro, ocorrido às vésperas das eleições presidenciais, levantou questionamentos sobre a imparcialidade de Oliveira em processos relacionados ao pleito de 2022.
A defesa de Rocha também indicou Valdemar Costa Neto, presidente do PL, como testemunha, argumentando que qualquer uso político do laudo elaborado pelo IVL é de responsabilidade exclusiva do partido.
O STF analisará as alegações apresentadas por Carlos Rocha e as testemunhas arroladas para determinar o andamento do processo relacionado às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado e a integridade do sistema eleitoral brasileiro.