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Parabéns ao Policial pela Interação com o Cidadão no Carnaval de Salvador

Publicada em: 13/03/2025 12:41 - Notícias

Em meio a um Carnaval de Salvador marcado pela exuberância e pelo esforço das forças de segurança pública, surge uma cena que merece ser celebrada. Enquanto o site oficial da Secretaria de Segurança Pública da Bahia usou uma imagem de um policial civil interagindo de maneira descontraída e positiva com a população, elogiando o trabalho das forças de segurança, a cúpula da Polícia Civil tomou uma decisão controversa: abriu uma sindicância contra o mesmo policial. A incoerência dessa atitude é inegável.

A imagem que gerou tanto debate mostra um policial balançando o corpo por três segundos durante o Carnaval. Um gesto simples, sem qualquer conotação negativa, mas que gerou uma reação da cúpula da Polícia Civil da Bahia, que decidiu investigar o servidor. Mas a pergunta que não quer calar é: desde quando é crime dedicar três segundos para uma interação descontraída com o cidadão?

O vídeo, que foi amplamente divulgado e elogiado pela Secretaria de Segurança Pública, foi encarado por muitos como um símbolo da polícia cidadã, que não se distancia do povo, mas ao contrário, busca estar próxima, entendendo as necessidades do cidadão e até mesmo descontrair para aliviar a tensão de horas de trabalho intensivo. O policial está em uma missão de manter a ordem pública, mas isso não significa que ele deve ser desprovido de sua humanidade.

É importante lembrar que, em um Estado democrático de direito, ações como essas devem ser analisadas com empatia, respeito e compreensão. Tirar conclusões negativas de um momento tão breve é, no mínimo, uma atitude de perseguição contra um servidor público que, ao invés de ser punido, deveria ser elogiado por sua postura de interação positiva com a população. Afinal, a população baiana clama por uma polícia mais comunitária e acessível, e o policial em questão deu um exemplo de como aproximar-se de quem precisa de sua presença e cuidado.

Mais do que uma simples interação, o vídeo poderia ser interpretado de diversas maneiras positivas: como um exemplo de descontração necessária para aliviar o estresse de horas e horas de trabalho; como uma forma de mostrar que os policiais também são humanos e que o cansaço pode ser uma realidade, mas que não impede a dedicação ao trabalho; ou até como uma maneira de mostrar que a Polícia Civil da Bahia, ao contrário do que a cúpula sugere, está cada vez mais integrada à população.

Infelizmente, a decisão de abrir uma sindicância e investigar um ato tão simples e inofensivo parece ir contra os princípios de uma polícia mais humana e acessível, conforme defendido pela própria Secretaria de Segurança Pública. Seria importante refletir: estamos vivendo um momento de desumanização dentro das instituições policiais, onde a tentativa de interação do policial com a população é tratada como um erro a ser punido? Será que o futuro da Polícia Civil da Bahia será marcado por uma perseguição a gestos simples de humanidade e cidadania?

Em tempos em que tanto se fala sobre a necessidade de uma polícia mais comunitária, a atitude da cúpula da Polícia Civil parece ir contra a corrente do que é desejado pela sociedade. Por outro lado, a interação do policial, ainda que simples, demonstra que ele compreende o papel de servir e proteger com respeito ao cidadão. Merece ser parabenizado, e não punido, por isso.

A sociedade precisa de mais policiais como ele: que sabem manter a postura de segurança pública, mas sem deixar de ser humanos. O que devemos desejar para nossa polícia é justamente isso: policiais que saibam se conectar com as pessoas, entender suas necessidades e, quando necessário, aliviar a pressão do trabalho com um simples gesto de descontração. É assim que se constrói uma polícia mais próxima da comunidade. E é com esse tipo de atitude que a população se sente segura e valorizada.

Que a Polícia Civil da Bahia repense suas atitudes e valorize os policiais que se dedicam, não só com seriedade, mas também com humanidade, ao seu trabalho. Em um contexto em que os cidadãos clamam por uma polícia mais cidadã, é importante reconhecer o valor de ações que aproximam ainda mais os policiais da população.

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