A partir de 1º de abril, os preços dos medicamentos comercializados no Brasil poderão sofrer um reajuste de até 5%. A medida, que deve ser autorizada pelo governo federal nos próximos dias, segue a metodologia estabelecida pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão ligado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O aumento leva em conta uma combinação de fatores, como a inflação acumulada nos últimos 12 meses, variação de custos de produção e a produtividade do setor farmacêutico. Em 2023, o reajuste autorizado foi de até 5,6%.
Impacto no bolso dos brasileiros
Com o reajuste, mais de 13 mil medicamentos com preços regulados poderão ser afetados. O impacto será sentido principalmente por pessoas que dependem de remédios de uso contínuo, como aqueles utilizados no tratamento de hipertensão, diabetes e doenças autoimunes.
Farmácias e distribuidores devem atualizar suas tabelas de preços após a publicação da autorização no Diário Oficial da União. Vale lembrar que o percentual de reajuste representa um teto: laboratórios não são obrigados a aplicá-lo na íntegra, e a concorrência pode ajudar a conter aumentos mais expressivos.
Orientações aos consumidores
Especialistas recomendam que os consumidores busquem promoções, comparem preços entre farmácias e verifiquem a possibilidade de adquirir medicamentos genéricos, que são, em média, 35% mais baratos que os de referência. Programas de descontos e farmácias populares também são alternativas para aliviar o peso no orçamento.