Pesquisadores das universidades de Washington, nos Estados Unidos, e de Lund, na Suécia, desenvolveram um exame de sangue inovador capaz de diagnosticar a doença de Alzheimer e determinar a extensão da demência em pacientes. O teste analisa a proteína MTBR-tau243 no plasma sanguíneo, cujos níveis refletem a quantidade de emaranhados de tau no cérebro, uma das principais características da doença. Ao medir essa proteína, o exame não apenas identifica a presença do Alzheimer, mas também avalia o estágio de progressão da demência, auxiliando na escolha de tratamentos mais eficazes e precoces.
Estudos anteriores já haviam apontado a eficácia de exames sanguíneos na detecção do Alzheimer. Por exemplo, o teste p-tau217 demonstrou uma taxa de precisão de 90% na identificação da doença, superando diagnósticos clínicos realizados por especialistas.
No Brasil, o Grupo Fleury lançou, em setembro de 2023, o PrecivityAD2™, um exame de sangue que detecta a presença de placas amiloides cerebrais, alterações características do Alzheimer. Esse teste é indicado para pacientes com sinais de comprometimento cognitivo leve ou demência, auxiliando no diagnóstico precoce e na definição de estratégias terapêuticas.
Esses avanços representam um marco significativo na medicina diagnóstica, oferecendo uma ferramenta menos invasiva e mais acessível para a detecção precoce do Alzheimer. Com diagnósticos mais precisos e em estágios iniciais, é possível implementar intervenções que podem retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.