Um novo escândalo envolvendo o INSS (Instituto Nacional do Seguro Socialvem à tona e causa indignação em todo o país: bilhões de reais foram desviados por meio de descontos ilegais nos benefícios de aposentados e pensionistas, através de convênios com sindicatos e associações de fachada. A fraude, investigada pela Polícia Federal, revelou um esquema que lesa diretamente os brasileiros mais vulneráveis — aqueles que trabalharam a vida inteira e dependem de cada centavo para sobreviver.
O escândalo assumiu proporções ainda mais graves ao atingir José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão mais velho do presidente Lula. Frei Chico ocupa o cargo de vice-presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), uma das 11 entidades alvo de investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). O sindicato foi alvo de mandados de busca e apreensão e teve seu convênio descredenciado pela Justiça, diante de indícios de participação direta no esquema de descontos ilegais sobre benefícios previdenciários.
Mas o que causa ainda mais perplexidade do que a própria corrupção é a reação omissa e, por vezes, cúmplice do atual governo federal e de setores da esquerda que, ao invés de exigirem rigor nas investigações, trabalham para freá-las.
Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei nº 13.846/2019 que aumentava o controle sobre esses descontos nos contracheques dos aposentados, dificultando a atuação de entidades suspeitas e exigindo maior transparência e autorização dos segurados. Essa lei foi revogada posteriormente por iniciativa de parlamentares — com apoio explícito de deputados da esquerda — sob a justificativa de “defender os sindicatos”.
A situação se agravou quando veio à público que o próprio presidente Lula solicitou ao STF a suspensão das ações judiciais que investigam e buscam devolução de valores ou responsabilização do inss e da união.
Outro ponto alarmante é que, até agora, nenhum bem foi bloqueado ou sequestrado dos sindicatos e associações envolvidos, algo que seria medida mínima em qualquer caso de crime financeiro de tamanha gravidade. Se fosse uma empresa privada, já estaria com as contas bloqueadas e os dirigentes presos. Mas como se trata de sindicatos aliados ao poder, o silêncio predomina e os responsáveis seguem impunes.
Enquanto isso, a oposição tenta instaurar uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar o escândalo, mas nenhum parlamentar da esquerda assinou o requerimento até o momento. Essa recusa escancara o medo de que as investigações exponham a relação entre as entidades criminosas e as estruturas de poder que as protegem.
É inaceitável que em um país onde o idoso vive com um salário mínimo, parlamentares e autoridades fechem os olhos para um crime dessa magnitude, apenas para não ferir interesses político-ideológicos e sindicais. A esquerda que tanto fala em proteger os vulneráveis, ignora o maior roubo já registrado contra aposentados no Brasil.
A sociedade brasileira exige respostas. Exige responsabilização. E exige respeito com quem passou a vida contribuindo para agora ser roubado por dentro do próprio Estado.