As ações do governo federal na área de saúde para amenizar os problemas na terra Yanomami, em Roraima, não têm sido suficientes. É o que constatou uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), a partir de dados de 2023.
“O monitoramento dos indicadores relacionados à atenção à saúde indígena no Dsei-Y [Distrito Sanitário Especial Indígena – Yanomami] não se mostrou suficiente para evitar a ocorrência da situação de desassistência, fato agravado por fragilidades relacionadas ao registro de dados epidemiológicos no Sistema de Informação à Saúde Indígena (Siasi)”, afirma o relatório.
Segundo o documento, foram identificadas dificuldades no transporte dos indígenas para Boa Vista e no retorno às comunidades após receberem alta médica. Isso, de acordo com a CGU, contribui para a situação de superlotação da casa de assistência aos indígenas.
Outro ponto destacado é a gestão do estoque de medicamentos. A auditoria apontou que o procedimento apresenta falhas, “evidenciadas por inconsistências em informações registradas no sistema eletrônico voltado ao controle do estoque e pela dificuldade relatada por parte dos indígenas entrevistados para obter os medicamentos de que necessitam”.
Foram constatadas ainda distorções nos processos de contratação e gestão de contratos.