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"É incompreensível" a falta de poder da ONU para intermediar o conflito envolvendo Israel, afirma Lula

Publicada em: 01/10/2024 17:12 - Notícias

A declaração foi feita durante a visita ao México nesta terça-feira (1), enquanto o Irã realizava ofensivas contra Tel Aviv; o presidente também expressou "lamento pelo comportamento do governo" israelense.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PTdescreveu como "inexplicável" a falta de "autoridade" do Conselho de Segurança das Nações Unidas para fazer com que Israel se sente à mesa para dialogar. "O que eu lamento é a postura do governo de Israel. Sinceramente, é incompreensível que o Conselho da ONU não tenha a autoridade moral e política para forçar Israel a conversar, em vez de apenas promover a morte", afirmou.

 

Lula também foi questionado sobre a operação que o Brasil está organizando para repatriar cidadãos brasileiros no Líbano. "Nós vamos realizar essa repatriação onde for necessário", acrescentou. As declarações foram feitas na Cidade do México, onde participou da cerimônia de posse da nova presidente do país, Cláudia Sheinbaum.

 

Em um discurso no domingo (22em Nova York, durante a abertura da Cúpula do Futuro da ONU, que antecede a Assembleia Geral, Lula destacou que a maioria das instituições atuais "carece de autoridade e meios para fazer cumprir suas decisões". Ele afirmou que "a Assembleia Geral perdeu sua vitalidade, enquanto o Conselho Econômico e Social foi esvaziado. A legitimidade do Conselho de Segurança diminui sempre que ele aplica padrões duplos ou se omite diante de atrocidades".

 

Lula também mencionou que a "pandemia, os conflitos na Europa e no Oriente Médio, a corrida armamentista e as mudanças climáticas evidenciam as limitações das instituições multilaterais". Antes que seu microfone fosse cortado por ultrapassar o limite de tempo, ele ressaltou que o Sul Global "não está representado de forma adequada ao seu peso político atual".

 

Entre as reivindicações de Lula, a reforma do Conselho de Segurança é uma das mais antigas de sua agenda. Durante seus dois primeiros mandatos, ele já defendia a reestruturação do órgão, buscando que o Brasil ocupasse um dos assentos permanentes.

 

Desde sua criação, o Conselho é composto por dez países rotativos e cinco permanentes: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França. Os chamados P5 têm poder de veto sobre decisões de um dos poucos órgãos diplomáticos que podem tomar decisões mandatárias na comunidade internacional.

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