Após a pandemia, a proporção de crianças e adolescentes em situação de trabalho aumentou, mas em 2023 recuou para 4,2%. A recuperação econômica e a expansão do Bolsa Família contribuíram para essa queda.
O número de crianças e adolescentes que trabalhavam no Brasil diminuiu para 1,6 milhão em 2023, representando uma redução de 14,6% em relação a 2022. Esse é o menor nível registrado na série histórica do IBGE, que começou em 2016. Embora a porcentagem de menores em trabalho infantil tenha diminuído ao longo dos anos, ela subiu para 4,9% em 2022, após o impacto da pandemia.
Em 2023, o índice caiu novamente para 4,2%, o que representa o menor percentual registrado até agora.
Os dados são parte da pesquisa "Pnad Contínua Trabalho de Crianças e Adolescentes", divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. O estudo também revela que 586 mil jovens entre 5 e 17 anos (ou 36,47% do total de 1,6 milhãoestavam envolvidos nos "piores tipos de trabalho" segundo a lista TIP (Trabalho Infantil Perigoso).
Esse número também é o menor registrado na série histórica da pesquisa e indica uma redução de 22,5% em comparação a 2022, quando 756 mil crianças e adolescentes se encontravam nessa situação. Esses jovens realizavam atividades que apresentavam riscos de acidentes ou eram prejudiciais à saúde, como operar máquinas, manusear produtos químicos e extrair minério.