De acordo com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, a expectativa é encerrar o ano com um saldo positivo de 2 milhões de empregos. O Brasil criou 247 mil vagas formais em setembro, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (30pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em agosto, o saldo positivo foi de 232 mil postos.
Esse resultado foi impulsionado por 2,16 milhões de contratações e 1,91 milhão de demissões. Em comparação a setembro do ano passado, quando foram gerados cerca de 204 mil empregos com carteira assinada, houve um crescimento de 21%.
No acumulado do ano, foram criadas 1,98 milhão de vagas formais, e nos últimos 12 meses (de outubro de 2023 a setembro de 2024), o total chega a 1,83 milhão. Quatro dos cinco principais setores de trabalho tiveram saldo positivo em agosto, liderados pelo setor de serviços, com 128 mil vagas, seguido pela indústria (59,8 mil), comércio (44,6 mile construção (17 mil). O setor agropecuário foi o único a registrar saldo negativo, com duas mil demissões.
Todas as 27 unidades da federação apresentaram saldo positivo em setembro, destacando-se São Paulo (57 mil), Rio de Janeiro (19 mile Pernambuco (17 mil).
Em relação à revisão de gastos, Marinho foi questionado sobre a necessidade de cortes, como planejado pelo governo federal. Ele afirmou que é crucial reduzir a taxa básica de juros, atualmente em 10,75% ao ano. “Precisamos cortar juros para o país crescer mais. Se houver gastos desnecessários, devem ser eliminados. Isso é uma obrigação de qualquer gestão eficiente. Seguro-desemprego não é um gasto, não deve ser debatido dessa forma”, disse o ministro.
Como relatado pela Rádio Informação, o governo está planejando uma agenda de revisão de gastos, focando em políticas públicas consideradas ineficazes. Medidas como a reformulação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTSestão sendo avaliadas, incluindo um escalonamento da multa para demissões sem justa causa, que poderia reduzir os valores resgatados do Fundo.
Marinho enfatizou que esse debate não ocorre dentro do governo federal. “Nunca fui procurado pelo presidente Lula ou pelo ministro Haddad para discutir cortes de benefícios aos trabalhadores”, afirmou. Ele também respondeu a questionamentos sobre a possibilidade de pedir exoneração caso essas medidas fossem implementadas sem seu consentimento. “Se eu for agredido, isso é possível. Uma decisão sem minha participação é uma agressão. Nenhum ministro me consultou sobre isso”, concluiu.