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Centrais Sindicais Rejeitam Mudanças no Reajuste do Salário Mínimo Propostas pelo Governo

Publicada em: 18/12/2024 16:06 - Notícias

As principais centrais sindicais do Brasil expressaram oposição às mudanças sugeridas pelo governo no pacote fiscal em tramitação no Congresso, especialmente em relação às novas regras para o reajuste do salário mínimo.

Líderes sindicais, que tradicionalmente apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendem a manutenção da atual política de correção do salário mínimo, que garante aumentos reais baseados no crescimento da economia. Segundo João Carlos Gonçalves, o "Juruna", secretário-geral da Força Sindical, a política de aumento real do salário mínimo é uma "marca" do governo Lula e um diferencial em comparação com outras administrações. Ele reforçou que essa prática foi um dos pilares da vitória do presidente nas eleições de 2022.

Em uma reunião realizada em Brasília no dia 16 de dezembro, Juruna foi o porta-voz das centrais, que também manifestaram preocupações sobre outras propostas do governo, como mudanças nos programas sociais, incluindo o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Estiveram presentes representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTBe Intersindical.

A proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sugere que o reajuste do salário mínimo siga a mesma fórmula do novo arcabouço fiscal, o que resultaria em aumentos anuais entre 0,6% e 2,5% acima da inflação. Este modelo é o mesmo utilizado para outras despesas do governo. Atualmente, o salário mínimo é ajustado com base na inflação oficial (INPCe no crescimento do Produto Interno Bruto (PIBdos dois anos anteriores.

Para 2025, a diferença entre as duas propostas de reajuste do salário mínimo pode resultar em um valor de aproximadamente R$ 10 a menos, com o salário mínimo atual fixado em R$ 1.412,00, após um aumento de 7,7% em relação a 2023.

Durante a mesma reunião, as centrais sindicais manifestaram apoio à proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, promessa de campanha de Lula em 2022 e recentemente anunciada por Haddad.

Se o Congresso aprovar as mudanças nas regras do salário mínimo, as centrais sindicais planejam novas discussões para decidir como reagir a essa medida.

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