A alta constante nos preços dos combustíveis durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva é um dos maiores desafios econômicos que os brasileiros têm enfrentado nos últimos meses. Os números falam por si: o preço médio do litro da gasolina subiu novamente nesta semana, atingindo R$ 6,37, marcando um aumento de R$ 0,02 em comparação com a semana anterior. Isso significa que, em apenas duas semanas, o litro da gasolina já acumula uma alta de R$ 0,17. Em janeiro de 2023, quando o atual governo assumiu, o valor estava em torno de R$ 5,05, o que representa um aumento impressionante de 26% em dois anos. E a situação do diesel, etanol e gás de cozinha não é melhor.
Esse cenário não pode ser ignorado. O aumento dos preços dos combustíveis é um reflexo direto do aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que entrou em vigor em 1º de fevereiro, e da ineficácia do governo em controlar o impacto dessa decisão sobre o bolso dos brasileiros. Se antes, sob o governo Bolsonaro, as altas dos combustíveis eram atribuídas à instabilidade internacional, agora, sob o governo Lula, o que vemos é um agravamento da situação, com o preço dos combustíveis cada vez mais fora do controle.
Em um levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveisdivulgado na última sexta-feira (14), os dados são alarmantes: o litro do diesel, que já havia aumentado 4,2% na semana anterior, passou de R$ 6,44 para R$ 6,47. O etanol, por sua vez, teve um aumento de R$ 0,02, subindo de R$ 4,37 para R$ 4,39. Todos esses aumentos acontecem em um momento crítico da economia nacional, em que a inflação ainda tenta se estabilizar e a pressão sobre os preços dos alimentos aumenta.
Além do impacto imediato no bolso do consumidor, o aumento contínuo dos combustíveis tem efeitos colaterais devastadores em toda a economia. O setor de Transportes, por exemplo, foi o que mais pressionou a inflação em janeiro, com uma alta de 1,30%. Isso se refletiu no aumento das passagens aéreas (10,42%e do transporte urbano (3,84%), com o preço dos combustíveis sendo um dos principais responsáveis por essa alta. Quando o combustível sobe, todos os custos de produção e de transporte aumentam, o que, inevitavelmente, se reflete no preço dos alimentos e de outros bens essenciais.
O governo Lula não tem sido eficaz em mitigar o impacto dessa escalada nos preços. Enquanto a alta do dólar e os custos logísticos, que incluem a infraestrutura precária de muitas regiões do país, ainda são fatores que afetam o preço dos combustíveis, a verdade é que as promessas de controle da inflação e melhoria na qualidade de vida para a população não se concretizaram. Em vez disso, os brasileiros estão vendo seus rendimentos corroídos pela inflação elevada, com os combustíveis sendo um dos maiores vilões.
Vale lembrar também que a Petrobras, que durante a gestão anterior vinha mantendo um controle mais rígido sobre os reajustes, não reajustou o preço da gasolina nas refinarias desde julho de 2024, mas isso não impediu a alta nos postos. O aumento do ICMS sobre os combustíveis, aliado à falta de uma política clara do governo federal para conter essa escalada de preços, resultou em uma combinação explosiva que está prejudicando a economia como um todo.
Por mais que o governo tente justificar a alta como uma questão de mercado ou de fatores externos, a população não pode mais ser enganada. O que estamos vendo é uma gestão econômica ineficaz, que parece mais preocupada em atender aos interesses de grupos específicos do que em proteger o poder de compra da população. O resultado disso é um Brasil onde, ao invés de um alívio no bolso, o brasileiro se vê constantemente pressionado por preços cada vez mais altos, que refletem diretamente na qualidade de vida.
A conta do aumento dos combustíveis, que não para de crescer, já está sendo paga por todos, e a promessa de um governo que prioriza o povo parece cada vez mais distante da realidade. A população precisa de respostas claras, não de justificativas. A alta dos combustíveis é um sintoma de um governo que falha em resolver problemas reais e urgentes, enquanto a pressão sobre o cidadão comum só aumenta.
Em tempos de crise econômica e de inflação crescente, o aumento do ICMS e os reajustes de preços não podem ser vistos como uma solução, mas como um agravamento da situação. O governo Lula precisa urgentemente repensar suas políticas econômicas e encontrar alternativas para evitar que o povo continue pagando uma conta que não pode mais arcar.