O Foro do Brasil divulgou nesta quarta-feira (20/02uma carta oficial em que expressa "veemente repúdio" à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGRcontra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento, assinado pelo presidente nacional da organização, Pe. Kelmon Luis da Silva Souza, acusa o processo de ser "politicamente motivado" e "desprovido de provas concretas".
Críticas à denúncia e alegações de perseguição política
Segundo a carta, a acusação de Bolsonaro por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado carece de fundamentos sólidos e estaria sendo utilizada como ferramenta para "desgastar politicamente o ex-presidente e enfraquecer a oposição ao governo Lula". O Foro do Brasil argumenta que a Polícia Federal, responsável pela investigação, "não apresentou provas irrefutáveis" ligando Bolsonaro a movimentos golpistas.
O documento também aponta que a denúncia surge em um momento de forte polarização no país e insinua que há uma tentativa de silenciar opositores ao atual governo. "A instrumentalização da justiça para fins políticos compromete a imparcialidade do sistema e fere os princípios democráticos", diz um trecho da carta.
Denúncia será analisada pelo STF
A acusação contra Bolsonaro será avaliada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se aceita ou não a denúncia da PGR. O Foro do Brasil enfatiza que a justiça deve agir de maneira "imparcial" e "baseada em provas concretas", evitando o que classifica como "uso do poder judiciário como instrumento de retaliação política".
Defesa da democracia e pedido por investigações imparciais
A carta finaliza exigindo que o devido processo legal seja respeitado e que as investigações sejam conduzidas de forma técnica, sem motivações ideológicas. "O Brasil precisa preservar seus princípios democráticos e garantir que suas instituições não sejam manipuladas para atender interesses partidários", afirma Pe. Kelmon no documento.
O Foro do Brasil reafirmou seu compromisso com a liberdade e o Estado de Direito, declarando que continuará "lutando contra qualquer tentativa de subversão dos princípios democráticos".