Em janeiro de 2025, o Brasil registrou um déficit de US$ 8,7 bilhões nas contas externas, quase o dobro do déficit de US$ 4,4 bilhões observado no mesmo mês de 2024. Este é o maior saldo negativo para janeiro desde 2020.
O déficit em transações correntes nos últimos 12 meses atingiu US$ 65,4 bilhões, representando 3,02% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento significativo em relação aos 1,11% do PIB registrados em janeiro de 2024.
A balança comercial apresentou um superávit de US$ 1,2 bilhão em janeiro de 2025, uma redução em comparação aos US$ 5,6 bilhões no mesmo período do ano anterior. As exportações totalizaram US$ 25,4 bilhões, uma queda de 5,9%, enquanto as importações somaram US$ 24,1 bilhões, um aumento de 12,8% em relação a janeiro de 2024.
O déficit na conta de serviços aumentou para US$ 4,6 bilhões em janeiro de 2025, comparado a US$ 3,5 bilhões no mesmo mês do ano anterior. Este aumento é atribuído a maiores despesas líquidas em transportes, telecomunicações, computação e informações, e serviços de propriedade intelectual.
As reservas internacionais do Brasil totalizaram US$ 328,3 bilhões em janeiro de 2025, uma redução de US$ 1,4 bilhão em relação a dezembro de 2024.
Os investimentos diretos no país (IDPregistraram uma entrada líquida de US$ 6,5 bilhões em janeiro de 2025, uma diminuição em relação aos US$ 9,1 bilhões observados em janeiro de 2024.
Este cenário indica um aumento no déficit das contas externas brasileiras, influenciado por uma redução no superávit comercial e um aumento nas despesas com serviços e importações.