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Radiação ultravioleta torna tratamento do câncer mais tolerável

Publicada em: 11/03/2025 15:27 - Notícias

Pesquisadores têm investigado métodos para tornar os tratamentos contra o câncer mais toleráveis, buscando alternativas que minimizem os efeitos colaterais das terapias convencionais. Uma dessas abordagens envolve o uso da radiação ultravioleta (UVno tratamento de pacientes oncológicos.

Terapia de Irradiação do Sangue:

A Terapia de Irradiação do Sangue (TIBé uma técnica que utiliza a radiação ultravioleta para irradiar o sangue, visando tratar diversas condições médicas, incluindo o câncer. Existem diferentes modalidades dessa terapia:

  • Intravenosa: Consiste na inserção de um cateter com fibra óptica em uma veia, permitindo a irradiação direta do sangue com luz de baixa potência. Geralmente, utiliza-se laser hélio-neônio com comprimento de onda de 632,8 nm, embora também sejam empregados comprimentos de onda de 365 nm (UV), 405 nm (UV), 525 nm (verdee 635 nm (vermelho). A irradiação dura entre 20 e 60 minutos, repetida em 10 sessões, uma ou duas vezes ao dia.

  • Transcutânea: Conhecida como ELIB, essa modalidade aplica a luz diretamente sobre a pele, visando irradiar áreas com grandes artérias ou veias. Utiliza-se laser vermelho de baixa potência de 660 nm ou infravermelho de 890-904 nm e 60-100 mW. A irradiação dura 30 minutos, repetida por 10 vezes, em dias consecutivos ou não.

  • Intranasal: Envolve a inserção de um diodo laser de 650-660 nm com potência entre 10 e 30 mW no interior da narina. O protocolo varia de 15 a 30 minutos por dia, até 10 dias. Essa técnica é utilizada para tratar lesões cerebrais, rinites alérgicas, doenças coronárias, entre outras.

  • Extracorpórea: Realizada com luz ultravioleta (UVBIde comprimento de onda entre 250 e 400 nm, a irradiação ocorre fora do corpo do paciente. O sangue é drenado para uma cubeta especial de quartzo de 1 mm de espessura, garantindo um fluxo laminar e constante. As doses utilizadas variam de 0,6 até 3 J/cm².

Efeitos Biológicos da Radiação UV:

A radiação ultravioleta possui efeitos biológicos que podem ser benéficos ou prejudiciais, dependendo da dose e do contexto de exposição:

  • Efeitos Agudos: Incluem eritema (queimadura de pele), bronzeamento, produção de vitamina D e imunodepressão. A radiação UVB pode causar queimaduras de pele devido à lesão das células epiteliais e alterações no DNA. 

  • Efeitos Crônicos: A longo prazo, a radiação UV pode induzir alterações degenerativas nas células, tecidos fibrosos e vasos sanguíneos, além de causar reações inflamatórias nos olhos e levar ao envelhecimento prematuro da pele. Destacam-se como efeitos crônicos o câncer de pele e a catarata.

 

 

Embora a Terapia de Irradiação do Sangue com radiação ultravioleta seja uma abordagem promissora para tornar os tratamentos contra o câncer mais toleráveis, é essencial que sua aplicação seja cuidadosamente avaliada e monitorada por profissionais de saúde qualificados. A individualização do tratamento e a consideração dos potenciais riscos e benefícios são fundamentais para garantir a segurança e a eficácia dessa terapia.

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