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Um mês depois do desabamento na Igreja de São Francisco, oito templos continuam interditados

Publicada em: 14/03/2025 15:20 - Notícias

Um mês após o desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Pelourinho, que resultou na morte de uma turista paulista, sete igrejas católicas permanecem interditadas pela Defesa Civil de Salvador (Codesal). Além disso, a Igreja de São Miguel, fechada desde 2019, também segue interditada, totalizando oito templos fechados na capital baiana.

Igrejas atualmente interditadas:

  • Igreja de Nossa Senhora da Ajuda
  • Igreja e Convento dos Perdões
  • Igreja de São Bento
  • Igreja dos Quinze Mistérios
  • Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem
  • Igreja da Ordem Terceira do Carmo
  • Convento Santa Clara do Desterro
  • Igreja de São Miguel (interditada desde 2019)

Essas interdições ocorreram após uma força-tarefa realizada pela Codesal e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphanpara evitar novos acidentes semelhantes ao ocorrido na Igreja de São Francisco de Assis. Até o final de fevereiro, 140 edificações foram vistoriadas, e laudos técnicos estão sendo elaborados para orientar as medidas necessárias à restauração e conservação desses patrimônios. 

Em resposta ao desabamento, o Iphan anunciou a destinação de R$ 1,3 milhão para reparos emergenciais na Igreja de São Francisco. Esses serviços incluem estabilização, remoção e acondicionamento dos elementos do forro da nave e da cobertura. Paralelamente, está em andamento a elaboração de um projeto executivo para a restauração completa do conjunto da Igreja e do Convento de São Francisco, contratado pelo Iphan por R$ 1,2 milhão. 

É importante destacar que, embora o Iphan atue como órgão fiscalizador e possa fornecer suporte técnico e financeiro, a responsabilidade de apresentar estratégias e executar intervenções em templos religiosos, mesmo que tombados, recai sobre a Igreja e as ordens religiosas proprietárias desses bens. O superintendente do Iphan, Hermano Guanais, esclareceu que o papel do instituto é notificar os proprietários sobre problemas identificados e recomendar medidas, cabendo a esses proprietários definir e submeter ao Iphan as intervenções propostas.

 

A continuidade das interdições e a necessidade de reparos emergenciais ressaltam a importância de ações coordenadas entre as autoridades competentes e as entidades religiosas para garantir a preservação e a segurança dos patrimônios históricos de Salvador.

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