O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu nesta segunda-feira (28à declaração de um militante petista que sugeriu “jogar bolsonaristas na vala” durante um evento político realizado em São Paulo no último fim de semana. A fala, gravada em vídeo e amplamente compartilhada nas redes sociais, causou forte repercussão e abriu novo foco de tensão entre militantes de direita e apoiadores do governo.

“É esse tipo de intolerância criminosa que estamos enfrentando. Isso não é democracia, é discurso de ódio puro”, afirmou Bolsonaro em entrevista à imprensa na porta de sua residência, em Brasília. “Imagina se fosse o contrário?”, completou, visivelmente indignado.

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A POLÊMICA

A frase foi dita por um apoiador do governo Lula, identificado como membro de um núcleo de base do PT, durante um ato em defesa da regulação da mídia. No microfone, o militante afirmou:

“Bolsonarista bom é na vala. Não tem diálogo com fascista.”

O discurso foi aplaudido por parte do público, mas também gerou constrangimento em lideranças presentes no local.

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REAÇÃO POLÍTICA

Parlamentares da oposição classificaram a fala como incitação à violência e crime de ódio, e prometem acionar o Ministério Público e a Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional.

Já o presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, emitiu nota afirmando que a fala foi “isolada e não representa os valores do partido”, mas evitou pedir punição formal ao militante. “Não compactuamos com violência política de nenhum lado”, declarou.

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CLIMA POLARIZADO

O episódio reacende o clima de polarização entre direita e esquerda no país, especialmente no contexto da pré-campanha eleitoral para 2026. Grupos bolsonaristas já organizam atos de repúdio à fala para os próximos dias, enquanto governistas tentam abafar o episódio e focar em pautas sociais.

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CONCLUSÃO:

A declaração polêmica e a reação de Bolsonaro colocam novamente a retórica política brasileira no centro do debate sobre liberdade de expressão, radicalismo e discurso de ódio. A escalada verbal preocupa analistas, que alertam para o risco de episódios violentos em meio à crescente tensão entre campos ideológicos opostos.