Aliados de Pablo Marçal estão investigando, nos bastidores, as razões por trás do aumento significativo na rejeição do candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, conforme indicado nas pesquisas Quaest e Datafolha divulgadas nesta semana.

Um dos motivos, avaliam, pode ser a agressividade excessiva do ex-coach nos debates e vídeos nas redes sociais, uma característica que, paradoxalmente, contribuiu para seu crescimento nas pesquisas desde o início da campanha municipal.

O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo se tornou conhecido pelo eleitorado ao adotar uma postura confrontadora em relação aos principais concorrentes, utilizando ofensas e acusações sem provas.

Agora, aliados de Marçal avaliam que essa postura pode ter cansado parte do eleitorado e contribuído para o aumento da rejeição ao ex-coach nas pesquisas de intenção de voto divulgadas nesta semana.

O aumento da rejeição em relação a Pablo Marçal também pode ser atribuído a uma série de fatores, principalmente relacionados às suas recentes ações e declarações polêmicas. Marçal, que inicialmente se posicionava como uma figura crítica e alternativa no cenário político, gerou um aumento significativo em sua rejeição após uma série de eventos controversos.

Recentemente, Marçal atacou publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Carlos Bolsonaro. Esses ataques foram recebidos com grande atenção, tanto da mídia quanto do público. No entanto, o problema central surgiu quando Marçal não sustentou suas palavras e, ao invés de manter uma postura firme, recuou e tentou amenizar suas declarações. Esse comportamento de falta de consistência e clareza nas suas posições políticas acabou por gerar desconfiança e insatisfação entre os eleitores.

Além disso, o pastor Silas Malafaia expôs estratégias de Marçal que ele considera enganosas e manipulativas. Malafaia argumentou que Marçal utiliza sofismo, uma técnica que emprega raciocínios falaciosos para persuadir e enganar o eleitorado. De acordo com Malafaia, Marçal tem usado argumentos que parecem válidos à primeira vista, mas que, na prática, são enganosos e servem apenas para confundir a opinião pública.

Esses fatores combinados têm contribuído para um aumento na rejeição a Pablo Marçal. A falta de firmeza em suas posições, junto com a percepção de que ele pode estar tentando ludibriar os eleitores com argumentos falaciosos, minou sua credibilidade e abalou a confiança que seus apoiadores tinham nele. O cenário político, que exige clareza e consistência, viu Marçal enfrentando dificuldades em manter uma imagem sólida, levando a uma maior rejeição por parte dos eleitores.

No levantamento do Datafolha, a rejeição de Marçal cresceu seis pontos em duas semanas, atingindo 44%. Com isso, o ex-coach tornou-se o candidato mais rejeitado, ultrapassando Guilherme Boulos (PSol).

O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDBapoiado por Jair Bolsonaro, apresenta a menor taxa de rejeição entre os candidatos, com 19%.